Suplementação Proteica Nas Águas: saiba a importância da sua aplicação para aumentar a rentabilidade dos seus negócios
Todos os processos devem ser acompanhados por um profissional capacitado que poderá ajudar nas escolhas mais assertivas para a fazenda.
Com o tempo, os produtores rurais começaram a entender a importância da suplementação proteica na época seca do ano. Mas o que muitos não sabem é que este tipo de suplementação não deve ser dispensado durante a temporada das águas.
Todo pecuarista tem como desafio aumentar a produção de carne por área explorada, buscando sempre um equilíbrio entre custos/produção com o intuito de deixar a conta da atividade positiva. Ou seja, mesmo na época das águas, é preciso que os animais consigam produzir além do potencial que as pastagens os permitem.
E como isso é possível? Com a utilização de tecnologias que permitam melhorar índices produtivos e reprodutivos, como por exemplo:
- Maior ganho de peso;
- Redução da idade ao abate;
- Redução da idade ao primeiro parto;
- Maior taxa de desfrute.
E é neste cenário que se encaixa a utilização de suplementação proteica para o período chuvoso. Além dos minerais, esta categoria de suplementação consegue fornecer proteína e aditivos que irão potencializar o ganho de peso do rebanho.
Animais jovens, por exemplo, são extremamente responsivos a suplementação proteica, isso porque ainda estão crescendo e o fornecimento de nutrientes é essencial principalmente no desenvolvimento de músculos. Sendo assim, ao oferecer uma maior quantidade de nutriente, em relação ao que as pastagens já estão disponibilizando, os animais respondem trazendo maior produtividade e melhor aproveitamento dos recursos utilizados. Por esta razão, pode-se adotar esta estratégia tanto na época seca quanto na época das águas, incrementando desta forma o resultado da atividade.
Quer saber como a utilização de suplementos proteicos na época das águas pode ser eficiente? Confira três estratégias de suplementação. A primeira é uma estratégia base que traz o mesmo resultado encontrado na média das fazendas brasileiras na atividade de recria e engorda, utilizando suplemento mineral linha branca desde a desmama até o abate.
A segunda e a terceira levam como base suplementação proteica durante os períodos secos e aditivada durante a 2ª época chuvosa, alterando apenas o suplemento que o animal recebe durante o 1º período de águas após o desmame.
Estratégias | 1ª época de águas | 2ª época de águas | Idade ao abate | GMD | Lucro (ha/ano) |
1 | Linha branca | Linha branca | 53 meses | 273 g | R$ 0,00 |
2 | Supl. Aditivado | Supl. Aditivado | 36 meses | 458 g | R$ 444,50 |
3 | Supl. Proteico | Supl. Aditivado | 33 meses | 533 g | R$ 604,38 |
Adotou-se lotação média de 1,24 cab./ha; Peso vivo de entrada sendo 210 kg (R$ 1.640,00) e abate aos 540 kg (R$ 152,50/@).
RESULTADOS
O investimento na suplementação proteica durante a 1ª época de chuva garantiu maior ganho de peso e assim redução de idade ao abate. Ou seja, giro mais rápido do capital investido, melhor aproveitamento da pastagem, liberação de área para categorias mais leves e o melhor, maior margem de lucro líquido (ha/ano).
Na atividade de cria e na bovinocultura de leite não é diferente o resultado econômico, já que as novilhas atingirão 60% do peso adulto mais cedo e estarão aptas a emprenharem antes, assim começarão trazer lucro logo ao produtor. Além disso, poderão emprenhar em escore corporal adequado, permitindo assim melhores índices produtivos e reprodutivos.
Com todas essas vantagens, fica fácil entender a importância da proteína ao animal quando ainda jovem, tornando mais palpável o lucro no seu negócio.
« Voltar