Pré-parto de bovinos leiteiros: prevenir para ganhar

21/05/2025


Quando pensamos no período em que o parto das vacas se aproxima, inevitavelmente pensamos no período de transição e nos principais desafios aos quais esses animais estarão sujeitos durante essa fase, além de pensar também em como contornar situações adversas para garantir que a vaca seja capaz de expressar o máximo do seu potencial genético produtivo após o parto.

Nesse cenário, o maior desafio sem sombra de dúvidas é a hipocalcemia pós-parto, conhecida também como Febre Vitular ou Febre do Leite. Essa é uma enfermidade de origem metabólica causada por um desequilíbrio dos níveis de cálcio no sangue provocado pela alta demanda desse mineral que, durante a gestação e o período de transição, é retirado dos tecidos do corpo do animal e redirecionado principalmente para:

  • Mineralização do feto;
  • Produção de colostro e, posteriormente, leite.

Existem alguns casos em que o animal manifestará sinais perceptíveis da hipocalcemia (forma clínica), mas infelizmente, na maioria das vezes, sua manifestação acontece silenciosamente (forma subclínica) e impacta na produção de forma sorrateira ao reduzir a produção de leite, além de provocar imunossupressão, o que predispõe o rebanho à doenças secundárias importantes – como distocia, retenção de placenta, metrite, deslocamento de abomaso, cetose e mastite – as quais afetam a eficiência reprodutiva e, no pior dos casos, podem levar a perda de um animal cuja promessa genética e desempenho são excelentes.

Por isso, uma das estratégias mais inteligentes para garantir um parto tranquilo, prevenir a hipocalcemia no plantel e evitar perdas, ao contrário do que muitos imaginam não é oferecer dietas ricas em Cálcio, mas sim empregar dietas aniônicas, que vamos explicar agora.

A dieta aniônica consiste em uma dieta cujos minerais como cálcio, potássio, fósforo e magnésio são balanceados de forma a “ensinarem” o organismo animal a equilibrar seus próprios níveis de minerais, o que garante em momentos de alta demanda de cálcio que o corpo conseguirá se autorregular e mobilizar suas próprias reservas minerais para evitar desequilíbrios metabólicos – como a hipocalcemia em vacas leiteiras. Por outro lado, oferecer dietas ricas em cálcio é como se disséssemos ao corpo do animal: “Fique tranquilo, você não precisa se esforçar para se autorregular, a dieta garantirá isso por você”. Com isso, não há um aprendizado do organismo e, diante de momentos em que há maior exigência de cálcio que a dieta não consegue suprir, como ocorre nos períodos de gestação e transição, não há um preparo do organismo e é aí que o distúrbio metabólico acontece.

Por isso, a estratégia nutricional de dietas aniônicas é uma ferramenta extremamente eficaz. Mas atenção: lembre-se que o consumo de matéria seca das vacas no pré-parto tende a diminuir com a aproximação do parto. Dessa forma, fazer as vacas consumirem um núcleo aniônico é fundamental para garantir a eficiência da dieta.

Entenda: com a diminuição dos distúrbios metabólicos no rebanho, além do produtor gastar menos com procedimentos veterinários e medicamentos, os animais permanecem sadios para novos ciclos produtivos e reprodutivos, o que viabiliza a permanência da sua fazenda no mercado.

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                                                               Escrito por Ana Clara Galvão Rodrigues


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