Já se planejou de verdade para o período de seca?
Você já se planejou para encarar as adversidades do período de seca? A época de estiagem está aí, por isso é preciso definir quais serão as metas e ações para que o desempenho do seu gado não resulte em prejuízos no futuro. Sendo assim, a boa notícia é que atualmente é possível encontrar alternativas que ajudam a superar os desafios, seja com alimentação do rebanho ou com os gastos financeiros.
Não é novidade para ninguém que o período de seca pode trazer grandes prejuízos à pecuária, principalmente para o gado de corte e de recria. Isso porque a época é caracterizada por pouca incidência de chuva e baixa luminosidade. Consequentemente, esses efeitos interferem diretamente no crescimento e na qualidade das forragens que o gado consome.
O pasto perderá qualidade, ficará menos nutritivo e, certamente, vai interferir no ganho de peso do animal. Porém, as consequências podem ser ainda piores. Sem qualquer planejamento durante a estiagem, o pecuarista pode ter que vender alguns animais para desafogar o pasto. Entretanto, não é preciso saber se o valor pago pela @ será satisfatório ou trará lucratividade.
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Quais alternativas posso utilizar na alimentação do meu gado no período de seca?
Como dito anteriormente, o período de seca interfere diretamente na qualidade da pastagem. Mas, não se desespere: existem alternativas para que a alimentação do gado seja garantida. Uma das opções, por exemplo, está no uso das forrageiras. Contudo, a dica é buscar espécies que sejam específicas da sua região. Cada localidade tem sua forrageira típica, por isso será muito mais fácil encontrar e utilizar uma bastante comum na sua região.
Dentre as mais conhecidas está a cratylia argentea, espécie nativa do Cerrado que tem raízes longas que ajudam a “pegar” água em terras mais profundas. Ela também oferece sombra e forragem para o gado, bem como contribui para uma boa recuperação do solo.
Mas, para que as forrageiras sejam, de fato, eficientes na alimentação durante o período de seca é necessário se atentar a alguns detalhes.
Ela precisa ter:
– Alta palatabilidade
– Boa quantidade de massa
– Alta taxa de rebrote
– Oferecer muitas folhas.
Dessa forma, garantirá que o gado se alimente bem e ainda, de quebra, tenha uma boa sombra para descansar. Mas, para não cometer erros, o ideal mesmo é contar com auxílio de um profissional. Pode ser de um médico-veterinário, zootecnista, agrônomo, ou até mesmo de algum órgão especializado no assunto como, por exemplo, a Embrapa. Assim, você terá a orientação adequada sobre o tipo de forrageira disponível na região e qual será a mais adequada para o seu gado.
Suplementação é essencial
O uso de suplementação mineral proteica também é uma alternativa para melhorar o desempenho do gado diante dos efeitos causados pelo período de seca. Atualmente, é possível encontrar diversas variedades de produtos no mercado, inclusive alguns com mais de 10 tipos diferentes de minerais e uma boa dose de proteína bruta. Tal substância, além de essencial na composição de carne e gordura, também auxilia no crescimento ósseo dos animais. A proteína bruta também traz benefícios ao sistema imunológico, o que garante ao bovino uma boa saúde mesmo no período de seca.
Já fez o seu planejamento financeiro?
>>> Meta deve ser feita a caneta e planejamento a lápis.
No período de seca é importante que o pecuarista defina qual é a sua meta e de que forma será executada. Você pode, por exemplo, desejar que ao final da estação de seca o boi não tenha passado pelo efeito sanfona e ainda ganhe peso. Ao mesmo tempo não quer que hajam mortes no plantel. Com isso em mente, é possível traçar um caminho para atingir essa meta, definindo alguns aspectos como: tipo de pasto utilizado pelo gado, valores a serem investidos, custos com mão de obra e por qual tipo de manejo o animal irá passar.
O planejamento deve ser feito a lápis, justamente por conta dos imprevistos que podem acontecer. Assim, nesse cenário, será preciso apagar o planejamento e refazê-lo para futuramente alcançar o objetivo. Não importa quantas vezes precise mudar: o importante é não esquecer a meta. Ela é a principal diretriz para traçar um caminho assertivo.
Pronto, agora é só colocar o seu planejamento em prática e enfrentar a seca!
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