Confira estratégias para garantir a engorda do rebanho na época das águas

09/12/2020


Suplementar o rebanho na época da seca já é bastante difundido e realizado pelos pecuaristas, mas suplementar na época das águas ainda é um desafio. É preciso fornecer ao animal os nutrientes que ele necessita e que está deficiente na pastagem.

Durante a seca, o principal nutriente limitante é a proteína bruta e na época das águas passa a ser os minerais, principalmente o fósforo. É imprescindível suplementar com minerais e alguns adicionais como proteína, energia e aditivos.

Com o mercado aquecido e o preço pago pela @ em um patamar mais alto, alguns pecuaristas têm como objetivo reduzir a idade ao abate para aproveitar o momento. Diante disso, o ganho de peso proporcionado apenas pelo pasto e o suplemento mineral pode não ser suficiente para garantir a redução de idade ao abate ou fazer com que o animal não passe por mais uma seca na propriedade.

O período das águas é um bom momento para intensificar a produção no sentido de buscar produzir uma @ mais barata, justamente pelo ganho vindo da pastagem custar menos. Algumas alternativas podem ser utilizadas para incrementar este ganho, como o fornecimento adicional de proteína ou proteína e energia aos animais.

FIGURA 1 – Estratégias de suplementação para época das águas

SM: Suplemento mineral;

SP: Suplemento mineral proteico;

SPE 0,3% PV: Suplemento mineral proteico energético para consumo referente a 0,3% do peso vivo;

SPE 0,5% PV: Suplemento mineral proteico energético para consumo referente a 0,5% do peso vivo;

Preço da @: R$ 300,00;

A escolha da estratégia nutricional para os animais deve levar em consideração o manejo e o operacional, já que progredir da utilização do suplemento mineral no sentido de proteico-energético requer tamanho de cocho maior, fornecimento diário do suplemento e maior desembolso de capital na compra.

Além do maior resultado financeiro ao final do período das águas, outro ponto que deve ser levado em consideração é a possibilidade de encaminhar os animais ao confinamento e abatê-los meses antes os que forem destinados a passar mais uma seca na fazenda.

Rendimento do ganho

A conversa com o pecuarista vem tomando rumos mais técnicos a cada dia. Isso porque discutir apenas ganho médio diário (GMD) não é o suficiente para avaliar a eficiência de alguma estratégia de suplementação. O que iniciamos a avaliar é o quanto deste GMD está sendo depositado na carcaça, que é o que realmente o produtor vende ao frigorífico.

É importante não confundirmos o rendimento do ganho com rendimento de carcaça. O rendimento do ganho é apresentado como a porcentagem do GMD que é depositado na carcaça. O rendimento de carcaça é a porcentagem do peso final que é carcaça.

Acima foram apresentadas quatro estratégias de suplementação, e para exemplificar melhor a diferença do rendimento do ganho entre elas podemos verificar este esquema:

O fornecimento de proteico energético é diário;Podemos constatar a vantagem em utilizar suplemento mineral proteico energético na engorda e terminação de animais pela maior porcentagem do ganho que é depositado na carcaça. Mas para sucesso no uso desta tecnologia precisamos nos atentar a alguns fatores como:

  • Buscar fornecer nos horários mais quentes do dia para não haver influência nos momentos de pastejo;
  • O tamanho de cocho ser em média de 20-30 cm linear por animal;
  • É necessário ter disponibilidade de pasto;
  • É ideal que os lotes sejam homogêneos e menores que 80 animais.

Para escolha de qualquer estratégia de suplementação a ser utilizadas com animais sob regime de pastejo é necessário um bom planejamento. Entender como funciona, quais serão os benefícios, qual será o capital investido e o tempo de retorno. Além disso, a estrutura da propriedade precisar ser adequada e o colaboradores treinados para rotinas a serem implantadas.


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