“Moro num país tropical”. Isso pode ser um problema na produção leiteira?
Relembre os cinco pontos imprescindíveis a se atentar para que os rendimentos não caiam à medida que sobe a temperatura
O estresse calórico em vacas, que reduz a produção e causa mudanças na composição do leite, é uma questão para a cadeia ao se aproximarem as estações mais quentes do ano. No verão, que inicia no fim de dezembro e dura até março, deve ser observado o estresse térmico no animal, que pode acarretar perdas de até 30% na produtividade, chegando a atingir queda de rendimento de 600 a 900 kg de leite por vaca por lactação, de acordo com dados da Embrapa Gado de Leite.
Com o termômetro alcançando 31ºC – ainda considerando variação de raças e nível de produção – esta já é uma temperatura que o produtor deve ficar em alerta, uma vez que pode afetar a saúde dos úberes, com o surgimento de mastite devido ao calor. E os prejuízos se estendem para a qualidade do produto final, com redução nas porcentagens de proteína, gordura, sólidos e lactose do leite. Em termos reprodutivos, alguns autores citam que há redução na duração do cio, menor aceitação de monta, efeito negativo na qualidade dos oócitos, resultando também na queda da taxa de prenhez.
Para evitar perdas de desempenho na propriedade, o produtor precisa ficar de olhos abertos a alguns fatores para garantir melhor condição às vacas. A alimentação de qualidade é o primeiro desses apontamentos, com enfoque em dietas de melhor aproveitamento, com menor gasto de energia para digestão. O uso de aditivos é bem-vindo neste caso, para ajudar a melhorar a fermentação ruminal e prevenir distúrbios metabólicos. Além disso, se tem algumas alternativas para oferecer energia adicional na dieta com a gordura protegida, com vantagem de produzir menor incremento calórico em relação à fibra e amido.
A suplementação mineral deve suprir a demanda animal, em especial o potássio. O elemento está presente em quantidade significante no suor dos bovinos, juntamente com o mineral sódio em menor proporção. Assim, quando há aumento na sudorese, há aumento na excreção de potássio pela pele e alta da excreção renal de sódio para manter o equilíbrio eletrolítico. Desta forma, o requerimento de potássio é aumentado nos períodos de maior temperatura do ambiente e os níveis de sódios e magnésio também precisam ser aumentados por competirem com o potássio na absorção intestinal. Portanto, a suplementação destes minerais precisa ser realizada para evitar danos produtivos.
Engana-se, porém, o produtor que acredita que seja somente esse o ponto de atenção. O acesso a água, também, é de extrema importância, sendo a disponibilidade após a ordenha e nas horas mais quentes do dia o momento ouro.
Na lista, ainda, integram-se: sombreamento, com indicação de 3 a 5m² por animal; redução de deslocamento e melhor do ambiente na sala de espera, com instalação de ventiladores e/ou aspersores de água.
Diante desse cenário, é preciso detalhar os processos de produção para identificar pequenos escapes e, nessa tarefa, a Minerthal conta com uma equipe de técnicos capacitados para auxiliar ao produtor a encontrar soluções que proporcionem melhor produtividade e, enfim, usar das altas temperaturas para o alto rendimento.
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